Brasileira liderou equipe que captou a imagem mais nítida de um buraco negro
A imagem do buraco negro Sgr A* consiste em uma média das diferentes imagens que a Colaboração EHT extraiu de suas observações de 2017
![(crédito: PRIMO/INSTITUTE FOR ADVANCED STUDY) (crédito: PRIMO/INSTITUTE FOR ADVANCED STUDY)](https://tvcidadelimeira.com.br/wp-content/uploads/2023/04/1_buraco_negro_m87_-27809994.webp)
Cientistas integrantes do projeto de colaboração internacional Event Horizon Telescope (EHT) — Telescópio do Horizonte de Eventos, em português — conseguiram fotografar pela primeira vez um buraco negro com nitidez. O estudo, divulgado nesta quinta-feira (13/4) em evento internacional com cientistas do EHT e do Observatório Europeu do Sul, foi liderado pela astrofísica brasileira Lia Medeiros, pesquisadora do Instituto de Estudos Avançados dos Estados Unidos.
Segundo informações divulgadas no site do ESO, esse foi o primeiro registro direto da existência de buracos negros. Na imagem, nota-se uma região escura, cercada pelo gás brilhante e superaquecido em formato circular. “A nova visão captura a luz curvada pela poderosa gravidade do buraco negro, que é quatro milhões de vezes mais massivo que o nosso Sol”, informou o observatório.
![À esquerda, a imagem do buraco negro de 2017, e à direita, a imagem oriunda do estudo À esquerda, a imagem do buraco negro de 2017, e à direita, a imagem oriunda do estudo](https://tvcidadelimeira.com.br/wp-content/uploads/2023/04/m87_primo_compare_bw8_no_scale-27810095.jpg)
Ao Portal G1, a pesquisadora brasileira Lia Medeiros destacou que com a imagem foi possível descobrir como o buraco negro engole a matéria ao redor. “Agora, com essa nova imagem mais nítida, vamos poder fazer novos testes da gravidade e aprender mais ainda sobre o que está acontecendo com a matéria ao redor do buraco negro”, relata Lia.
A foto do buraco negro, batizado como Sgr A*, consiste em uma média das diferentes imagens que a Colaboração EHT extraiu de suas observações de 2017. Para realizar a façanha, a equipe agrupou os dados extraídos da observação, por meio de algoritmos sofisticados, além de inteligência artificial.
*Estagiária sob supervisão de Pedro Grigori
Fonte: Correio Braziliense