Comerciantes pedem apoio do poder público após estragos pela enchente
Foto Agencia Brasil
Por Lucas Pinto Ferreira – Estagiário PUC-Campinas
Águas do Guaíba recua no centro histórico de Porto Alegre e começa a mostrar a dimensão do estrago causado pela enchente que atingiu a capital há duas semanas. Ainda sem energia o trabalho nos ultimos dias tem sido de limpeza urbana e a limpeza dos próprios estabelecimentos.
Abalados com os danos ao comércio, lojistas esperam mais apoio do poder público no processo de reerguer os negócios.
“Perdi geladeira, impressora, centenas de mercadorias na lama. O imposto tem que baixar, para pagar funcionário”, cobra Li Hong Shia, dona de um bazar na Praça 15 de Novembro.
Dona de uma ótica Paulo Roberto não vê alternativa de recuperar o negócio se não houver apoio direto dos governos.
“A gente depende dele (poder público). Se não der apoio, ferrou. Tira imposto, qualquer coisa assim. Não tenho nem ideia, tchê, do prejuízo que tive. A gente está começando a limpar, botei metade da loja na rua, depois a gente vai saber como ficou a coisa”.
O governo anunciou algumas medidas até o momento em favor dos comerciantes gaúchos afetados, prorrogou os prazos de vencimento dos tributos federais e das parcelas dos parcelamentos para contribuintes dos municípios em estado de calamidade pública. Foi estendido os prazos de vencimento dos tributos apurados no Simples Nacional. A Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) adiou os prazos de vencimento das parcelas dos programas de negociação e suspendeu por 90 dias prazos relacionados a atos de cobrança da dívida ativa da União. A Secretaria da Fazenda flexibilizou o pagamento de tributos A prefeitura de Porto Alegre prorrogou os vencimentos de tributos como ISS, IPTU e TCL, estão suspensas ações de negativação e protesto, cobranças administrativas e procedimentos de exclusão de contribuintes de negociações por inadimplência de parcelas.
