E o salário oooh: Custo da cesta básica subiu em 10 capitais em abril, diz Dieese
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revelou que o custo da cesta básica aumentou em 10 das 17 capitais pesquisadas em abril. As maiores elevações foram registradas em Fortaleza (7,76%), João Pessoa (5,40%) e Aracaju (4,84%), enquanto Brasília apresentou a maior redução (-2,66%).
Mais uma vez, São Paulo liderou como a capital com o conjunto de alimentos básicos mais caro (R$ 813,26), seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 822,84). Já nas cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram encontrados em Aracaju (R$ 582,11) e João Pessoa (R$ 614,75).
O aumento no custo da cesta básica foi impulsionado principalmente pelo aumento no preço do tomate e do café em pó, que subiram em todas as capitais pesquisadas, assim como o pão francês e o leite integral. Por outro lado, o preço do arroz e do feijão diminuiu em 15 e 17 capitais durante o mês de abril, respectivamente.
Comparando os valores da cesta entre abril de 2023 e 2024, 14 cidades apresentaram aumento de preço, com variações entre 1,49% em Brasília e 9,24% em Salvador. Nos primeiros quatro meses de 2024, o custo da cesta básica aumentou em todas as cidades, com destaque para as variações no Nordeste, chegando a até 14%.
Quando comparado o custo da cesta com o salário mínimo líquido, observa-se que, em média, o trabalhador comprometeu 63% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos. Esse percentual representa uma pequena redução em relação a março de 2023, quando ficou em 65,98%.
Com base na cesta mais cara, o Dieese estima que o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas em março deveria ter sido de R$ 6.912,69 ou 4,90 vezes o mínimo de R$ 1.412. No mesmo período do ano anterior, o valor necessário foi de R$ 6.676,11 ou 5,13 vezes o valor vigente na época.
