Inteligência artificial já é capaz de saber se você quer dar o golpe na seguradora do carro

Inteligência artificial já é capaz de saber se você quer dar o golpe na seguradora do carro

Fraudes são um grande problema para as seguradoras. Em 2020, um homem ateou fogo no próprio carro no Rio de Janeiro (RJ) para tentar embolsar o prêmio da apólice. Ele acabou causando um incêndio de grandes proporções em uma reserva ambiental.

Existem outras formas de fraudar o seguro. Criminosos se oferecem para roubar ou até bater o carro, cobrando uma parte do prêmio como compensação. Alguns motoristas também tentam aumentar a gravidade de acidentes para constatar perda total no registro da seguradora.

Vale lembrar que o artigo 171 do Código Penal Brasileiro prevê reclusão de um a cinco anos para quem fraudar o seguro de um carro para receber o prêmio da apólice.

As seguradoras buscam métodos para identificar possíveis fraudes e começam a implementar o uso de inteligência artificial nesse processo. É o caso da AutoInsp, que desenvolveu um sistema de análise de sinistros para seguradoras.

Como funciona?

Ao abrir um sinistro, o analista da seguradora deve acessar a plataforma para enviar relatos, imagens e documentos sobre a ocorrência. A inteligência artificial processa o material e cruza os dados com outros sinistros para determinar a probabilidade de fraude.

O sistema é capaz de informar ainda se o relato do acidente é coerente com as deformações físicas do carro, mas a decisão final sobre a fraude é do analista da seguradora.

“A tecnologia serve para auxiliar a tomada de decisões humanas. Quando o relato do acidente é processado pela IA, o engenheiro responsável pela análise consegue verificar rapidamente a coerência e veracidade dos fatos”, diz João Lottermann, CEO da AutoInsp.

Em cada 100 acidentes, 15 são confirmados como fraudes. Outros 50 apresentam algum ponto de atenção para aprimorar a regulagem do reparo.

A AutoInsp espera que a inteligência artificial reduza o número de fraudes de seguro. Segundo a Federação Interamericana de Empresas e Seguros (Fides), as fraudes nos sinistros geram perdas anuais em torno de US$ 50 bilhões só na América Latina (R$ 246 bilhões na conversão direta).

Fonte: G1

Comentários Facebook

Compartilhe esta postagem