Março bate recorde e mundo registra mês mais quente pela 10ª vez consecutiva

Março bate recorde e mundo registra mês mais quente pela 10ª vez consecutiva

Temperatura en aumento Brasil, en Río de Janeiro hace 41°C - Diario Libre
Temperatura média global ficou em 1,68°C acima do registrado no período pré-industrial; cifra ultrapassa limite estipulado pelo Acordo de Paris

Este é o 10º mês consecutivo com recorde de calor. Desde junho do ano passado, o planeta vem quebrando recordes de temperatura, sobretudo devido à influência do fenômeno metereológico El Niño. Neste ano, os cientistas da Copernicus confirmaram que 2023 superou 2016, sendo classificado como o ano mais quente da história.

A divulgação do relatório confirma o avanço da crise climática no mundo, causada, sobretudo, pela emissão de gases de efeito estufa. Em janeiro, cientistas da Copernicus já haviam afirmado que a temperatura global iria ultrapassar, neste ano, o limite de 1,5ºC — em relação aos níveis pré-industriais, estipulado pelo Acordo de Paris.

O cenário é preocupante, uma vez que o aquecimento acima da meta deve provocar consequências extremas para o meio ambiente e a humanidade, como o aumento de queimadas, secas e da transmissão de doenças por mosquitos. Outra consequência é o derretimento em maior velocidade e das geleiras, que farão com que cidades costeiras, como o Rio de Janeiro (RJ), fiquem submersas nos próximos anos.

Gavin Schmidt, diretor do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da Nasa, observou que os recordes de temperatura estão sendo quebrados a cada mês em até 0,2ºC – um marco de alerta. “Se a anomalia não se estabilizar até agosto, o mundo estará em território desconhecido. Isso pode implicar que o planeta já está alterando fundamentalmente como o sistema climático opera, muito mais cedo do que os cientistas previam.” Por Camila Stucaluc Jonalismo SBT

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