“Morte em massa é iminente”, diz ONU sobre escassez de alimentos na Faixa de Gaza

“Morte em massa é iminente”, diz ONU sobre escassez de alimentos na Faixa de Gaza

Morte em massa é iminente", diz ONU sobre escassez de alimentos na Faixa de  Gaza - SBT News

Quase todos os moradores já enfrentam altos níveis de insegurança alimentar aguda

A escassez de alimentos em partes da Faixa de Gaza – palco da guerra entre Israel e o Hamas – está fazendo 79% dos habitantes “caírem em níveis catastróficos de fome”, o que pode resultar em mortes em massa. É o que aponta um relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), divulgado nessa segunda-feira (18).

Atualmente, quase toda a população em Gaza (2,3 milhões) está enfrentando altos níveis de insegurança alimentar aguda, incluindo 1,1 milhão que sofrem de insegurança alimentar catastrófica. O relatório aponta que praticamente todas as famílias diminuíram o número de refeições diariamente, priorizando, sobretudo, a alimentação das crianças.

Nas províncias do norte de Gaza, em quase dois terços dos lares, por exemplo, as pessoas passaram dias e noites inteiros sem comer pelo menos 10 vezes nos últimos 30 dias. Isso aumentou os casos de desnutrição na região, deixando cerca de uma em cada três crianças com menos de dois anos de idade gravemente desnutrida.

A escassez de alimentos ocorre em meio aos intensos bombardeios israelenses, que prejudicam o fornecimento de água, alimentos e combustível. Além disso, cerca de 60% a 70% dos animais que produzem carne e laticínios em Gaza foram mortos ou abatidos prematuramente para atender às necessidades alimentares decorrentes do conflito.

Em meio ao cenário, o secretário-geral da ONU, António Guterres, voltou a apelar por um cessar-fogo imediato em Gaza, pedindo às autoridades israelenses que garantam o acesso total de produtos humanitários aos civis. “A fome iminente na parte norte de Gaza é uma catástrofe inteiramente provocada pelo homem. Temos de agir agora para evitar o impensável, o inaceitável, o injustificável”, disse o diplomata. Por Camila Stucaluc – Jornalismo do SBT

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