Senado analisa nesta terça (2) projeto que aumenta pena para crimes cometidos durante “saidinha”

Senado analisa nesta terça (2) projeto que aumenta pena para crimes cometidos durante “saidinha”

Senado aprova urgência de PL que acaba com “saidinha” de presos

PL é assinado por Damares Alves; o relator da proposta, Esperidião Amin, já apresentou voto favorável

A Comissão de Segurança Pública (CSP) do Senado debate, nesta terça-feira (2), o projeto de lei (PL n° 476de 2023) que agrava a pena do preso quando um novo crime é cometido durante uma saída temporária (popularmente chamada de “saidinha”). A proposta é de autoria da senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e estabelece que a pena será aumentada de um terço até a metade.

Se aprovado, o PL afeta igualmente aqueles que estão em liberdade condicional, prisão domiciliar ou em situação de fuga da Justiça. A relatoria da proposta, de Esperidião Amin (PP-SC), foi favorável ao projeto.

“Registra que são frequentes os casos de crimes cometidos por presos durante saídas temporárias. Sustenta, todavia, que a melhor forma de inibir tais comportamentos seria por meio de uma punição mais rigorosa”, diz o relator sobre a redação da lei.

O que muda: a redação decreta que, quando o novo crime tiver traços de violência ou grave ameaça à vítima, a pena inicial será aumentada de um terço a metade. Além disso, o suspeito também será julgado pela segunda infração, com acréscimo de mais tempo na prisão.

Exemplo: se um indivíduo cumpre pena de dois anos por um delito inicial, mas comete um novo durante uma “saidinha”, a pena a cumprir pode aumentar de oito meses a um ano (cumprindo um total de dois anos e oito meses a três anos).

Atualmente, após o Congresso Nacional aprovar o fim das “saidinhas” em feriados e datas comemorativas — o PL ainda precisa ser sancionado ou vetado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) —, é permitida a saída do preso nos seguintes casos:

  • Visita a familiares;
  • Cursos profissionalizantes, de ensino médio e de ensino superior;
  • Atividades de retorno do convívio social estabelecidas pela Justiça.

Depois de passar pela CSP, o texto vai à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em fase terminativa. Se aprovado pelo plenário do Senado, é enviado diretamente para apreciação da Câmara. Por SBT News

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