Superliga: ex-colegas de quarto, Thaisa e Carol duelam pelo título
Depois de tantos encontros com a camisa do Brasil, centrais se enfrentam neste domingo em busca do troféu da Superliga, em Uberlândia. Antes do jogo, trocam lembranças e elogios.
Thaisa e Carol, no alto, celebram vitória do Brasil no Mundial de 2018 — Foto: FIVB
Os encontros na seleção sempre foram frequentes. Por um tempo, inclusive, Thaisa e Carol dividiram o quarto na concentração e nas longas viagens. Neste domingo, porém, estarão frente a frente em lados opostos da rede. As duas centrais são as principais referências de Minas e Praia Clube na final da Superliga Feminina.
A final da Superliga feminina será neste domingo, às 10h, no ginásio do Sabiazinho, em Uberlândia. A partida será transmitida ao vivo na TV Globo, dentro do Esporte Espetacular, e no ge. O sportv2 também exibe ao vivo a partida, começando a transmissão mais cedo, às 9h, com todos os detalhes da decisão.
A última vez que as duas estiveram juntas na seleção foi no Mundial de 2018, no Japão. Thaisa, bicampeã olímpica, já era referência muito anos antes quando Carol começou a conquistar seu espaço ali. A central do Minas é reconhecida como uma das melhores de todos os tempos na posição. Ao lembrar das primeiras convocações da rival do Praia, diz sentir orgulho por conseguir passar o bastão.
– Eu lembro quando ela chegou bem mais novinha, buscando o espaço dela. E foi muito bacana ver essa evolução. Eu falo sempre que fico muito feliz de ver essas meninas subindo, e ganhando corpo, ganhando espaço, ganhando experiência. E não tenho o que falar, né? Hoje, para mim, na atualidade e na seleção, ela é uma das melhores centrais do mundo. O que ela faz é bizarro. E a gente fica torcendo. Porque a gente conviveu. Meu pensamento sempre foi: uma menina forte, saltadora, veloz que está chegando. Importante. E vê-la crescendo, ganhando força e sendo uma das peças mais importantes da seleção hoje, é um motivo de orgulho. Saber que a gente passa o bastão e que está muito bem representado.
Carol lembra bem dos dias ao lado de Thaisa. Ao se firmar como uma das principais centrais do país, a jogadora do Praia se inspirou no talento e na liderança da companheira para buscar seu espaço. Hoje, é considerada uma das mais talentosas do mundo.
Thaisa, mais abaixo, vê Carol tentar o ataque pelo Praia — Foto: Maurício Val/FVImagem/CBV
As duas, inclusive, podem se reencontrar na seleção. Basta Thaisa querer. A central do Minas, assim como a do Praia, foi inscrita para a Liga das Nações de vôlei, primeira competição do grupo do técnico José Roberto Guimarães na temporada. Mas, longe da equipe desde o Mundial de 2018, Thaisa ainda não disse se vai aceitar o chamado.
Na final de domingo, Carol e Thaisa vão medir forças mais uma vez. A central do Praia é a segunda melhor bloqueadora da Superliga, com 84 pontos no fundamento. A do Minas vem logo atrás, em quarto lugar, com 73 – Adenízia, do Osasco, lidera com 86. Em uma final de jogo único, as duas sabem que cada detalhe pode fazer a diferença.
– É um único jogo, onde temos de colocar todas as nossas forças, toda a nossa disposição. Não vamos ter outro jogo para pensar, para estudar. A gente vai entregar tudo ali mesmo. Esse é o nosso trabalho mental. Vamos entregar tudo o que a gente fez ao longo da temporada, uma temporada muito longa. A gente cresceu como equipe também – diz Carol.
– O jogo único é sempre mais complicado. Eu brinco que sou das veteranas. Então eu já joguei de tudo que é formato que você pode imaginar. A gente sabe que o favoritismo está do lado de lá, que a gente vai ter de jogar muita bola para superá-las. Não vai ser um jogo fácil, um jogo simples. Digno de uma final. A gente sabe que é assim mesmo. Mas a gente está treinando bastante para dar o nosso máximo e dar 200% até a final – afirmou Thaisa.
Por Gleudo Fonseca, João Gabriel Rodrigues e Luciana Machado — Belo Horizonte e Uberlândia, MG – Ge