Rio Grande do Sul: Abrigo em Canoas já acolheu mais de 2,7 mil pets e necessita de apoio para continuidade do projeto.
Voluntários resgatam animais domésticos após enchentes no Rio Grande do Sul
Após cerca de 20 dias desde as enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul, o trabalho de resgate de animais domésticos continua sendo uma prioridade para voluntários que atuam nas áreas ainda alagadas da região metropolitana de Porto Alegre. Enquanto o resgate de pessoas diminui gradualmente com a redução das chuvas, os esforços se concentram agora no resgate e cuidado dos animais afetados.
No bairro Mathias Velho, em Canoas, um dos locais mais atingidos pelas enchentes, voluntários, incluindo barqueiros e veterinários, são mobilizados diariamente para resgatar animais que ainda se encontram em situações de risco, como em telhados de casas inundadas. O abrigo improvisado nessa região já acolheu mais de 2,7 mil animais, em sua maioria cachorros.
Katiuska Leivas, estudante de veterinária e uma das responsáveis pelo abrigo, explica que, após a água baixar, será dado um prazo para que as pessoas possam visitar o local e identificar seus animais de estimação. Posteriormente, será considerada a possibilidade de liberar esses animais para adoção, já que muitos deles podem não ter um lar para retornar.
Para facilitar a identificação dos animais e seu possível reencontro com seus tutores, foi criada uma página no Instagram chamada “Abrigo Pata Molhada”, onde são divulgadas fotos dos bichinhos e informações sobre as doações recebidas. No entanto, Leivas ressalta a necessidade de transformar o abrigo em uma instituição permanente, já que muitos animais podem precisar de cuidados contínuos mesmo após o término das enchentes.
Atualmente, o espaço de acolhimento de animais do Mathias Velho está sendo transferido para um pavilhão maior e melhor estruturado, cedido pelo mesmo proprietário da área atual, com o apoio da prefeitura local, que disponibilizou ônibus para o transporte. A continuidade desse projeto depende da solidariedade e apoio da comunidade para garantir o bem-estar dos animais afetados pelas enchentes.
