Temperatura acima de 50°C será novo normal e ar-condicionado é fator de sobrevivência, mas grande questão precisa ser resolvida antes

Temperatura acima de 50°C será novo normal e ar-condicionado é fator de sobrevivência, mas grande questão precisa ser resolvida antes

Temperatura acima de 50°C será novo normal e ar-condicionado é fator de sobrevivência, mas grande questão precisa ser resolvida antes

© Fornecido por IGN Brasil

Temperatura acima de 50°C será novo normal e ar-condicionado é fator de sobrevivência, mas grande questão precisa ser resolvida antes

Especialistas da Universidade de Birmingham trouxeram um novo relatório que fala sobre a possibilidade de diversos países viverem com temperaturas acima de 50ºC. Também existe um apelo para a implementação de arrefecimento (resfriamento) global.

Vivendo em um mundo acima de 50ºC

Há alguns meses já nos alertavam sobre o El Niño e as ondas de calor que atingiriam diversas regiões do mundo, incluindo o Brasil. Tivemos temperaturas recentes que superaram 50ºC e pode ser que isto seja uma constante (e nem estamos no verão ainda).

O relatório “The Hot Reality: Living in a +50°C World” (ou A Realidade Quente: Vivendo em um mundo com mais de 50ºC) surgiu em Dubai no início da COP 28 com líderes mundiais, empresas, cientistas e agências ambientais. O projeto é liderado Centro de Resfriamento Sustentável e pelo Centro Africano de Excelência para Resfriamento Sustentável e Cadeia de Frio (ACES) em Kigali, Ruanda.

O relatório explica que sistemas para regular a temperatura serão uma questão de sobrevivência. Além disso, também descreve a necessidade de designar formalmente infraestruturas de arrefecimento como críticas e fundamentais para a nossa estratégia de adaptação climática para um mundo em rápido aquecimento (o ar-condicionado, por exemplo).

Toby Peters, professor de Economia Fria na Universidade de Birmingham e na Universidade Heriot-Watt, além de ser um dos coautores do relatório, disse: “O fornecimento de refrigeração não é um extra opcional ou um luxo de estilo de vida. É um serviço fundamental para uma sociedade e uma economia que funcionem bem”.

Uma questão crítica precisa ser resolvida antes

De maneira geral, o estudo defende que os governos precisam entender e oficializar sistemas de arrefecimento como um serviço essencial e uma infraestrutura crítica. Mas isso só não basta.

É preciso que medidas legais sejam tomadas para que seja um recurso acessível, regulado, com investimento governamental, além de haver parcerias com o meio acadêmico para que isto ocorra da maneira mais ética possível.

Um dos maiores problemas é que sistemas de resfriamento já são causadores de cerca de 7% das emissões de GEE, gases responsáveis pelo efeito estufa. Além disso, os hidrofluorocarbonetos (HFC) são a fonte de emissões que mais cresce. Até 2030 estima-se que isto possa se multiplicar. É preciso encontrar uma maneira sustentável de lidar com isto para que a situação não se agrave.

O professor também adicionou que existe muito trabalho para se fazer e que não temos o luxo de adiar. “Precisamos perceber que tratar o resfriamento como algo crítico é uma questão de sobrevivência”, afirma.

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