WhatsApp Auxilia no Combate à Depressão em Idosos pelo SUS

WhatsApp Auxilia no Combate à Depressão em Idosos pelo SUS

Idosos que receberam mensagens por WhatsApp do programa tiveram melhora dos sintomas da depressão | Unsplash

Um estudo conduzido em Guarulhos, na Grande São Paulo, revelou que o aplicativo de mensagens WhatsApp pode ser uma ferramenta eficaz no auxílio de idosos com mais de 60 anos no enfrentamento da solidão e na melhoria dos sintomas de depressão.

Publicada na revista internacional Nature Medicine, a pesquisa liderada por Marcia Scazufca, professora da pós-graduação da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e pesquisadora científica no Hospital das Clínicas de São Paulo, contou com a participação de 603 idosos com uma média de 65 anos de idade. Os participantes, já sofrendo com sintomas de depressão, foram selecionados em 24 Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade de Guarulhos.

Divididos aleatoriamente em dois grupos – um de intervenção e outro de controle -, os idosos do grupo de intervenção receberam mensagens da equipe do programa Viva a Vida duas vezes por dia, quatro dias por semana, durante um mês e meio. Por outro lado, o grupo de controle recebeu uma mensagem educacional durante o mesmo período. Ambos os grupos não receberam suporte de profissionais de saúde durante o estudo.

SUS usa WhatsApp na luta contra depressão em idosos

Os resultados mostraram que 42,4% dos idosos que receberam mensagens pelo WhatsApp apresentaram uma melhora nos sintomas da depressão, enquanto o grupo que recebeu visitas presenciais obteve uma melhora de 32,2%.

Segundo Scazufca, a intervenção por mensagens móveis mostrou-se eficaz no tratamento de curto prazo da depressão em idosos em áreas com recursos limitados de saúde. Ela ressaltou ainda que, considerando o baixo custo do programa e seu potencial alcance em uma ampla população, essa melhoria por meio da tecnologia pode beneficiar milhões de pessoas que sofrem com a depressão, especialmente em países de baixa e média renda onde os recursos para saúde mental são limitados.

O estudo destaca a importância das estratégias digitais na prestação de intervenções comportamentais para a depressão, ansiedade e qualidade de vida em adultos, especialmente em países com recursos limitados voltados para a saúde mental da população idosa.

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